O vereador Mário Hossokawa (PP), ex-presidente da Câmara Municipal de Maringá, apresentou nesta segunda-feira (30 de junho de 2025) uma notícia-crime na 9ª Subdivisão Policial contra a vereadora Cris Lauer (Partido Novo). A denúncia aponta a suspeita de contratação irregular de um servidor público, que teria utilizado recursos da Câmara para prestar serviços particulares à parlamentar.
A medida, segundo Hossokawa, complementa processos já em andamento nas esferas cível e administrativa. A vereadora Cris Lauer já responde a uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por possível enriquecimento ilícito.
Detalhes da Denúncia e Pedidos
Na denúncia-crime, o vereador solicita a oitiva de uma “testemunha sigilosa”, amparado pelo artigo 7º, inciso IV, da Lei 9.807/1999, e a anexação de um áudio no qual, segundo ele, a vereadora reconhece a irregularidade.
Hossokawa enfatizou a importância da ação: “Como agente público e presidente da Casa Legislativa à época, não posso me omitir diante de indícios que devem ser apurados com rigor e pelos meios legais. Ao encaminhar a queixa-crime à Polícia Civil, estou cumprindo com minha obrigação legal e moral, agindo com transparência e responsabilidade diante da população e dos órgãos competentes.”
Origem da Suspeita e Declaração de Hossokawa
Em entrevista à CBN Maringá, Hossokawa explicou que os fatos remontam ao período em que ele presidia a Câmara. Ele assinou a nomeação do servidor indicado por Cris Lauer para o cargo de chefe de gabinete. No entanto, investigações posteriores do MPPR revelaram que o nomeado já atuava como advogado particular da vereadora, o que configuraria uso indevido de recursos públicos.
“Na época, o pedido foi para nomear a pessoa como chefe de gabinete. Só depois, com a investigação do Ministério Público, é que soubemos que ele era advogado dela há anos, antes mesmo do mandato”, detalhou Hossokawa, acrescentando que a Câmara não pode arcar com despesas de advogados particulares de vereadores. “Se eu soubesse que se tratava do advogado pessoal da vereadora, jamais teria autorizado a nomeação”, garantiu.
O vereador ressaltou que sua ida à esfera criminal visa garantir uma investigação completa de todos os aspectos da conduta, inclusive para se resguardar, já que foi ele o responsável pela nomeação. “Como cidadão e vereador, tenho o dever de levar isso à área criminal. Não estou aqui para condenar ninguém, mas para garantir que os fatos sejam apurados”, finalizou.
Posicionamento da Vereadora
O Portal GMC Online entrou em contato com a vereadora Cris Lauer, que informou que, neste momento, não se manifestará sobre o caso.
*Fonte: GMC Online » Câmara de Maringá: Na delegacia, Mário Hossokawa apresenta notícia-crime contra Cris Lauer.