Em um ataque sem precedentes, planejado há anos e com manobras de última hora para maximizar o elemento surpresa, os Estados Unidos executaram a Operação Martelo da Meia-Noite, visando o programa nuclear do Irã. No domingo, bombardeiros americanos lançaram bombas de 13.600 kg sobre duas importantes usinas subterrâneas de enriquecimento de urânio, enquanto mísseis de cruzeiro foram disparados de um submarino contra pelo menos outro local.
Ataque Coordenado e Furtivo
A missão foi caracterizada por um “ataque de precisão” que, segundo líderes militares americanos, desferiu um “golpe fatal” no programa nuclear iraniano. O Irã, por sua vez, negou danos significativos e prometeu retaliação.
Decolando do coração dos EUA, sete bombardeiros furtivos B-2 lançaram um total de 180 toneladas de explosivos, apoiados por aviões-tanque e caças de reabastecimento. As autoridades americanas confirmaram que o Irã não detectou a aproximação nem disparou contra os jatos furtivos.
Estratégia de Engano e Surpresa
A operação incluiu uma série de táticas enganosas para manter o sigilo. Dias antes do ataque, o então presidente Trump anunciou publicamente que tomaria uma decisão sobre o Irã em duas semanas, mascarando a iminente ofensiva.
Um grupo de bombardeiros B-2 foi enviado para o oeste de Missouri como isca, atraindo a atenção de observadores enquanto outros sete B-2, carregando ao chamadas “bunker busters”, duas bombas “destruidoras de bunkers” cada, voaram para o leste, mantendo as comunicações no mínimo. O General da Força Aérea Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto, afirmou que essa foi “parte de um plano para manter a surpresa tática”.
Após 18 horas de voo furtivo e reabastecimento aéreo, os bombardeiros B-2 Spirit chegaram sem serem detectados no Mediterrâneo Oriental, de onde iniciaram seus voos de ataque. Um gráfico divulgado pelo Pentágono mostrou a rota de voo passando pelo Líbano, Síria e Iraque.
Ataque Multifacetado e Inovador
Cerca de uma hora antes dos B-2 entrarem no Irã, um submarino americano na região lançou mais de duas dúzias de mísseis de cruzeiro Tomahawk contra alvos importantes, incluindo uma instalação em Isfahan.
Às 18h40 em Washington (2h10 em Teerã), o primeiro bombardeiro B-2 lançou duas bombas de penetração maciça GBU-57 sobre a usina de enriquecimento de urânio de Fordow, profundamente enterrada. Foi a primeira vez que essas bombas de 13.600 kg, projetadas para penetrar no solo antes de detonar, foram usadas em combate. Fordow recebeu a maior parte do bombardeio, mas algumas das bombas também foram lançadas em Natanz. Mísseis de cruzeiro foram as últimas armas americanas a atingir seus alvos, que incluíam uma terceira instalação nuclear em Isfahan.
Números da Missão:
- 75 armas guiadas de precisão: Incluindo 14 bombas GBU-57 “bunker buster” e mais de duas dúzias de mísseis de cruzeiro Tomahawk.
- 125 aeronaves: Composta por bombardeiros B-2, caças e aviões de reabastecimento.
Destaques Históricos:
O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, confirmou que havia uma mulher entre os pilotos dos bombardeiros B-2. O General Caine enfatizou que o uso das bombas destruidoras de bunkers e outros elementos tornaram a missão histórica. “Este foi o maior ataque operacional de B-2 na história dos EUA e a segunda missão de B-2 mais longa já realizada, superada apenas pelas dos dias seguintes ao 11 de setembro”, declarou ele.
