Marina cobra 100 bilhões de dólares de países ricos em Davos para proteção ambiental

Repórter Jota Silva
Fernando Haddad e Marina Silva no Fórum Econômico, em Davos na Suiça. Divulgação: Jota Silva

A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, cobrou nesta terça-feira (17) em Davos, na Suíça, repasses dos países ricos de US$ 100 bilhões de dólares para a proteção ambiental.

A cobrança foi feita durante o Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum 2023), onde Marina Silva e Fernando Haddad participam. Portanto Marina pede o compromisso das nações desenvolvidas de repassarem aos países em desenvolvimento a quantia Bilionária.

Portanto, Marina Silva fez o apelo durante um painel ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Eles são os representantes do Brasil no encontro anual de lideranças mundiais para discutir questões econômicas globais.

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Candidatura de Belém à COP30

Marina assim também disse que a decisão de candidatar a cidade de Belém, capital do Pará, à cidade-sede da 30º edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025, é para apresentar a materialização dos resultados dos compromissos assumidos pelo país com a questão ambiental.

“Ter a COP30 no Brasil é dar um sinal que queremos alcançar esses objetivos. Queremos que ela aconteça num ambiente não mais dos enunciados, mas dos resultados. O Brasil sempre liderou pelo exemplo, liderou pelo exemplo no combate à pobreza. Assim também no combate ao desmatamento, na redução da emissão de CO²”, afirmou a ministra durante sua participação no Fórum Econômico de Davos, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na mesa Brasil: um novo roteiro.

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Entretanto, a realização do evento na região da Amazônia já havia sido defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua participação na COP27, em novembro, no Egito. O anúncio da candidatura do Brasil para sediar o evento foi feita no dia 11 de janeiro, com a formalização do pedido para a Organização das Nações Unidas (ONU).

“Esperamos poder receber o maior evento climático do mundo em uma cidade parte da Amazônia brasileira”, disse o presidente em seu perfil no Twitter.

Participação em Davos

O governo federal enviou os ministros da Fazenda e do Meio Ambiente para representar o país no Fórum Econômico deste ano. Cujo tema é cooperação em um mundo fragmentado.

Durante sua participação, a ministra Marina Silva então anunciou que o governo já está trabalhando para retomar as ações de combate ao desmatamento e para reestruturar a pasta.

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“No caso das metas de desmatamento, já voltamos com o Fundo Amazônia, com o Plano de Combate ao Desmatamento e já estamos recompondo os orçamentos das equipes do ministério. O próprio ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad nos ajudou na transição a agregar mais R$ 500 milhões para o Ministério do Meio Ambiente. Assim fazermos com que os fundos de doação não sejam colocados no teto de gastos”, disse.

Marina reforçou a mensagem deixada ontem (16), por Haddad. Dizendo que o governo vai trabalhar fortemente para estabilizar a democracia. Assim também enfrentar os problemas decorrentes da desigualdade social, “porque temos 33 milhões de brasileiros que passam fome”, e para a promoção de um novo ciclo de prosperidade, baseado no desenvolvimento sustentável.

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“O grande potencial que temos, por termos uma matriz energética limpa, de produzir o hidrogênio verde, desenvolvimento que será fundamental para economias e países que vivem o problema da insegurança energética, principalmente no contexto da guerra da Rússia com a Ucrânia”, disse.