O edital do Lote 6 das novas concessões rodoviárias do Paraná, publicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), vai concluir a duplicação da BR-277 do perímetro urbano de Cascavel a Matelândia, na região Oeste. Serão 69,1 quilômetros de novas pistas duplas, além de várias outras obras. O leilão está marcado para o dia 19 de dezembro, na B3, a Bolsa de Valores do Brasil.

Essa é a primeira matéria da nova série da Agência Estadual de Notícias (AEN) que apresenta as principais obras do Lote 6. As reportagens vão abordar também as melhorias entre Prudentópolis e Cascavel, em dois textos, e o que está previsto para a região Sudoeste.

“A duplicação da BR-277 será a obra mais transformadora para o desenvolvimento do Paraná para as próximas décadas, atendendo habitantes, o agro, indústria, transportadoras, em suma, toda a população e setor produtivo”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex. “Realizamos obras que já fizeram uma grande diferença, como a duplicação da BR-277 em Guarapuava, e em Cascavel, onde também foi construído o novo Trevo Cataratas. Mas agora, depois de vários anos de trabalho, vamos tirar do papel essa duplicação de mais de 300 quilômetros, somente neste lote”.

“A ampliação da capacidade das rodovias federais e estaduais entre Cascavel e Pato Branco vai garantir melhor trafegabilidade e segurança para todos os usuários, e vai complementar as restaurações em concreto pela técnica whitetopping executadas na PRC-280. Já fizemos o novo pavimento do Trevo Horizonte até Clevelândia, e agora em janeiro vamos começar o trecho até Pato Branco, terminando onde começa o trecho concedido”, explica o diretor-presidente do DER/PR, Fernando Furiatti.

CASCAVEL – A BR-277 no perímetro urbano de Cascavel, do Trevo Cataratas até o km 597,393, logo após o entroncamento com a Avenida Tancredo Neves, vai ser totalmente duplicada, em uma extensão de 10,4 quilômetros.

Também será implantado um novo viaduto do tipo Diamante, em que há uma saída e uma entrada para a rodovia pela pista da direita em ambos os sentidos de tráfego, na altura da Rua Waldemar Casagrande e Rua Munique; um viaduto do tipo Passagem Inferior no km 592+100, em que não há interação entre as pistas que se cruzam em desnível; outro Diamante no cruzamento com a Rua Souza Naves; e um viaduto no entroncamento com a Av. Tancredo Neves.

No trecho também serão construídas sete passarelas para pedestres e 2,88 quilômetros de vias marginais em seis segmentos descontínuos. Fora do perímetro urbano, Cascavel ainda vai ganhar uma passarela no km 600,600, no parque industrial.

SANTA TEREZA DO OESTE – O trecho seguinte de duplicação da BR-277 começa logo após o trevo do Contorno Oeste de Cascavel, no território de Santa Tereza do Oeste, e segue até o perímetro urbano do município, no km 605+100. Nele serão implantados dois viadutos do tipo Diamante, no km 599 e km 602+800, além de uma passarela no km 604+300.

Mais um trecho de duplicação começa imediatamente no km 605+100 e segue até o km 634+900, já em Céu Azul. Mas ainda em Santa Tereza do Oeste, serão construídos uma passarela no km 606 e um Diamante no km 606+450, além de uma via marginal do km 603+100 até o km 607+200.

CÉU AZUL – O município de Céu Azul terá o maior volume de obras de duplicação neste segmento, com quatro trechos previstos em seu território. O primeiro começa no limite com Santa Tereza do Oeste e segue até o km 634+900, entroncamento com a PR-488, acesso para Vera Cruz do Oeste.

O trecho seguinte começa junto a esse e vai até o km 638. Dentro dele estão previstos um viaduto do tipo Diamante no km 635+520 e vias marginais em ambos sentidos da rodovia.

O terceiro trecho vai do km 638 ao km 640+400, inteiramente no perímetro urbano de Céu Azul, e inclui um Diamante no km 639+850, uma passarela no km 640+500, e uma via marginal de um quilômetro de extensão.

O último trecho começa no km 640+400 e termina no km 652+500, em Agro Cafeeira, distrito de Matelândia. Ainda em Céu Azul, será implantada via marginal do km 640+600 ao km 641+500.

MATELÂNDIA – No território de Matelândia a duplicação da BR-277 tem dois trechos, o primeiro terminando no entroncamento com a PR-590, acesso para Ramilândia, no centro do distrito de Agro Cafeeira. O segundo trecho vai até a pista dupla existente, no km 657+200, próximo ao perímetro urbano de Matelândia, e concluindo a duplicação integral entre Cascavel e Foz do Iguaçu.

Ainda no distrito, serão implantadas vias marginais em ambos sentidos da rodovia do km 652+300 ao km 653+400, uma ciclovia do km 652+500 ao km 654, uma passarela para pedestres no km 652+500, dois viadutos do tipo Diamante no km 653+100 e km 654+050.

Também serão construídas passarelas no km 657+800, em frente a uma unidade industrial da Frimesa, e outra no km 659+200, na entrada da cidade.

MEDIANEIRA – No território de Medianeira será implantada um viaduto do tipo Parclo, que funciona como um retorno em desnível, no km 664+360, uma passarela no km 673 e um viaduto do tipo Diamante no km 681+750.

SÃO MIGUEL DO IGUAÇU – Em São Miguel do Iguaçu estão previstos Diamantes no km 688+400, km 689+270 e km 694+900, um Parclo no km 700+900 e uma via marginal do km 691+200 ao km 692+274.

SANTA TEREZINHA DE ITAIPU – A BR-277 vai receber um trecho de faixas adicionais em ambos sentidos de tráfego a partir do km 711+900, no perímetro urbano de Santa Terezinha de Itaipu, seguindo até o km 720+400. Um segundo trecho começa logo em seguida e vai até Foz do Iguaçu. Também serão construídos uma passarela no km 709+450 e um Parclo no km 719+100.

FOZ DO IGUAÇU – Outro trecho de faixas adicionais em ambos sentidos da BR-277 começa no km 720+400, ainda no território de Santa Terezinha de Itaipu, e segue até o km 727+600, dentro do perímetro urbano de Foz do Iguaçu. O município ainda vai ganhar um viaduto do tipo Diamante no km 725+650, e duas passarelas para pedestres no km 732, junto à aduana Brasil – Paraguai e à Ponte da Amizade.

LOTE – O edital do Lote 6 das concessões rodoviárias prevê também a duplicação da BR-277 desde o Trevo do Relógio, em Prudentópolis, até o trecho recém-duplicado pelo DER/PR em Cascavel, além de obras nas rodovias entre Cascavel e Pato Branco. Devem ser investidos cerca de R$ 12,6 bilhões em obras e R$ 7,4 bilhões em conservação e operação de tráfego nesta concessão de 662,10 quilômetros de rodovias federais e estaduais.

Confira neste mapa a localização das obras mencionadas neste texto.

Confira no edital todas as informações completas sobre as obras.

Maringá, no Noroeste do Paraná, ficou em primeiro lugar entre as 100 maiores cidades brasileiras na oferta de serviços públicos. O estudo Desafios da Gestão Municipal, divulgado nesta quinta-feira (31) pela consultoria Macroplan Analytics, coloca ainda mais duas cidades paranaenses entre as dez mais bem colocadas: Curitiba na 5º posição e no posto de melhor capital no ranking, além de Cascavel, no Oeste, na 6ª posição geral.

O levantamento tem como base o Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM), que leva em conta 15 indicadores em quatro áreas essenciais para a qualidade de vida da população: educação, saúde, segurança e saneamento. Apesar de representarem 1,8% dos municípios brasileiros, os 100 avaliados concentram 78,3 milhões de habitantes – 38,6% da população brasileira – e 44,2% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB), somando R$ 4 trilhões.

Outras duas cidades paranaenses aparecem no estudo: Londrina, na 18ª posição, e São José dos Pinhais, na 19ª. A cidade da Região Metropolitana de Curitiba, inclusive, foi a que mais subiu no ranking na comparação com o divulgado em 2010, ganhando 42 posições.
O estudo traz uma análise evolutiva aos gestores públicos, que podem comparar seus dados com outras edições do ranking e também com as demais cidades analisadas.

MARINGÁ

A cidade de Maringá, que também ficou em primeiro lugar no levantamento de 2021, teve uma média 0,765 no ranking, em um indicador que vai até 1, com destaque para a área de saneamento, em que recebeu nota de 0,978. Segurança foi outro destaque, com índice de 0,806. Educação e saúde tiveram pontuação de 0,703 e 0,692, respectivamente.

O município paranaense ficou em primeiro lugar em sete dos 15 indicadores analisados: na cobertura de educação básica, mortalidade infantil, taxa de matrículas na pré-escola, atendimento de água, atendimento de esgoto, esgoto tratado e coleta de lixo; além da segunda colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino fundamental I, na rede pública municipal, e com a segunda na menor taxa de mortalidade prematura.

O estudo traz alguns dados que ajudam a colocar Maringá no topo. O índice analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais na cidade é de 2% e a renda per capita é de R$ 51,9 mil. Já a renda média no emprego formal é R$ 3.763, com taxa de 50,8% na razão entre emprego formal e população com 15 anos ou mais. O município tem, ainda, nota A na Capacidade de Pagamento (Capag), do Tesouro Nacional.

CURITIBA

 Capital com a melhor posição no levantamento, Curitiba teve nota de 0,718 e subiu seis posições em relação ao ranking divulgado em 2010. A capital paranaese teve a melhor colocação em quatro pontos: taxa de matrículas em pré-escola, atendimento de água, atendimento de esgoto e coleta de lixo, e em segundo lugar em nascidos vivos com pré-natal adequado. A melhor nota da capital paranaense foi na área de saneamento (0,967), seguido de segurança (0,780), educação (0,657) e saúde (0,619).

O estudo destacou que a taxa de analfabetismo entre a população curitibana com 15 anos ou mais foi de 1,5%, o PIB per capita da capital chegou R$ 49,9 mil, com renda média de R$ 4.672 e 63% da população com 15 anos ou mais com emprego formal. Curitiba tem, ainda, nota A em Capacidade de Pagamento, segundo o Tesouro Nacional.

CASCAVEL

Já Cascavel teve um salto de 37 posições na comparação com o levantamento de 2010, atingindo uma nota de 0,714. A cidade do Oeste do Paraná também teve bom resultado em saneamento, com nota de 0,963. Na sequência ficaram segurança (0,707), saúde (0,647) e educação (0,638). Os destaques estão na cobertura de atenção básica, taxa de matrículas em pré-escola, atendimento de água, atendimento de esgoto e esgoto tratado, aparecendo na primeira posição.

Em relação aos números analisados, o estudo mostra que a taxa de analfabetismo em Cascavel era de 3,2%, o PIB per capita foi de R$ 47 mil, renda média de R$ 3.227 no emprego formal e 43,8% da população com 15 anos ou mais, além de nota B na Capacidade de Pagamento do município no Tesouro Nacional.

O Programa Rede Elétrica Inteligente da Copel já fez a troca de 45 mil medidores de energia em Cascavel, como parte da fase do programa destinada a atender os consumidores da região Oeste do Paraná. Sem custo ao cliente, a substituição do medidor convencional de energia por um modelo inteligente, conectado online com sistemas de supervisão e controle da Companhia, representa um salto de modernização na rede elétrica local.

Todas as 166 mil unidades consumidoras de Cascavel receberão o medidor inteligente, cobrindo 100% do município com a tecnologia.

De acordo com Rafael Radaskievicz, gerente do Departamento de Projetos Especiais da Copel Distribuição, os medidores inteligentes elevarão significativamente a qualidade do atendimento ao consumidor, pois a detecção de falhas será mais rápida e precisa, o que permitirá uma resposta mais ágil em caso de interrupções no fornecimento de energia. “Essa tecnologia representa um grande avanço no relacionamento com o cliente, oferecendo um serviço muito mais rápido, preciso e adaptado às suas necessidades”, destaca Santana.

Os medidores inteligentes também são úteis para os projetos de geração de energia solar, por exemplo, por serem bidirecionais e possibilitarem medir tanto a energia consumida quanto a energia excedente produzida pelos sistemas de geração distribuída.

A iniciativa também inclui a instalação de sistemas de automação e comunicação que modernizam a rede elétrica como um todo. É um maiores e mais avançados projetos de modernização de infraestrutura elétrica em curso na América Latina.

INSTALAÇÃO – A troca dos medidores, que é totalmente gratuita, já está sendo realizada em Cascavel pela empresa contratada Eletromil. O serviço é rápido, levando em média 30 minutos, e requer o desligamento temporário da unidade consumidora.

Os técnicos responsáveis pela instalação são identificados por meio de crachás e veículos caracterizados, garantindo a segurança e a confiança dos clientes durante a execução dos trabalhos. A substituição abrange exclusivamente o sistema de medição, ou seja, a intervenção é limitada ao local onde o medidor de energia está instalado.

APLICATIVO – Com a Rede Elétrica Inteligente, os moradores podem monitorar o consumo de energia em tempo real por meio do aplicativo da Copel, o que oferece maior controle sobre seus gastos e uma visão mais clara dos hábitos de consumo.

Esse recurso permite identificar variações no uso de eletricidade que podem estar associadas a novos equipamentos ou mudanças nos hábitos da casa, possibilitando que o consumidor faça ajustes para otimizar o consumo e reduzir custos na conta de luz.

FATURA DIGITAL – A modernização da rede elétrica elimina a necessidade de visitas mensais para a leitura dos medidores e incentiva a adoção de faturas digitais, trazendo mais praticidade e contribuindo para a sustentabilidade.

Tiago Augusto Silva Santana, gerente de Projetos Especiais Técnicos da Copel Distribuição, ressalta o impacto dessa mudança: “Em municípios como Ipiranga, onde o projeto da rede inteligente já foi implementado, vimos que 95% dos consumidores migraram para a fatura digital. Isso mostra como a tecnologia facilita o acesso e gestão do consumo, oferecendo um sistema seguro e eficiente para os clientes.”

As faturas digitais possuem a mesma validade legal que as impressas e podem ser usadas como comprovante de endereço. Para se cadastrar e receber a fatura digital, basta acessar o site da Copel.

PARANÁ – Até o momento, a Copel já instalou 940 mil medidores inteligentes em 101 cidades das regiões Sudoeste e Centro-Sul do Paraná, além da Região Metropolitana de Curitiba. O investimento para as três primeiras fases do programa é de aproximadamente R$ 740 milhões. Até o final de 2024, a expectativa é de que o número de medidores inteligentes instalados chegue a 1 milhão.

No Oeste, a Rede Elétrica Inteligente abrange Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Oeste, Diamante do Sul, Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema do Oeste, Itaipulândia, Jesuítas, Lindoeste, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Matelândia, Medianeira, Mercedes, Missal, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado.