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Cassação de Sergio Moro: Julgamento é adiado após desembargador pedir vista dos processos
Na tarde desta segunda-feira (1º), logo após o voto do relator, o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade pediu vista dos processos
Tribunal Regional Eleitoral do Paraná — Teve início nesta segunda-feira (1º), em uma sessão que durou 4 horas, o julgamento dos processos 0604176-51.2022.6.16.0000 e 0604298-64.2022.6.16.0000, que pleiteiam a cassação do mandato do senador Sergio Moro e a sua inelegibilidade por abuso do poder econômico durante a campanha para as eleições de 2022. Na tarde desta segunda-feira, apenas o relator das ações, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, proferiu seu voto, diante do pedido de vista dos processos pelo segundo membro a votar, o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade.
Assim, o julgamento será retomado na próxima quarta-feira (3), às 14h. Caso necessário, ainda está prevista a realização de sessão no dia 8 (próxima segunda-feira).
No início da sessão, as partes dispensaram a leitura do relatório dos casos. O julgamento começou com as sustentações orais dos advogados dos autores, Bruno Cristaldi Costa de Matos, pelo Partido Liberal do Paraná, e Luiz Eduardo Peccinin, pela Federação Brasil da Esperança – Fé Brasil (PT/PCdoB/PV). A seguir, os advogados Gustavo Bonini Guedes e Cassio Prudente Vieira Leite, representando os investigados Luis Felipe Cunha, Ricardo Augusto Guerra e Sérgio Fernando Moro, fizeram a sua defesa oral.
Na sequência, foi a vez do procurador regional eleitoral, doutor Marcelo Godoy, se manifestar. Ele afirmou que o Ministério Público Eleitoral do Paraná utilizou como parâmetro para análise do caso um “critério de proporcionalidade objetiva”. Com base nisso, o Ministério Público Eleitoral do Paraná manifestou-se pelo “julgamento de procedência parcial dos pedidos a fim de que se reconheça a prática de abuso de poder econômico, com a consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritário de Senador da República e decretação de inelegibilidade do titular e do primeiro suplente”.
Confira a íntegra da transmissão do julgamento desta segunda-feira.
Veja como votou o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza – Relator
O relator concluiu que não houve abuso de poder econômico, nem prova de caixa dois ou abuso nos meios de comunicação, e, assim, julgou improcedentes os pedidos.
A íntegra do voto (sujeito a revisão) do relator pode ser acessada para consulta.
Rito processual
Cada membro da Corte do TRE-PR realizará a leitura do seu voto durante a sessão.
Como o julgamento dos processos de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) em desfavor da chapa que elegeu Sergio Moro Senador da República pode resultar em cassação de mandato, além de inelegibilidade, a Corte do TRE-PR entendeu que é necessário quórum completo (voto dos sete membros da Corte) seja qual for o placar. Assim, o presidente do TRE-PR, o desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, também votará, por último.
O próximo membro da Corte do TRE-PR a votar é o desembargador eleitoral José Rodrigo Sade. Na sequência, os votos serão proferidos pelos seguintes membros da Corte, nesta ordem: desembargadora Claudia Cristina Cristofani; desembargador eleitoral Julio Jacob Junior; desembargador eleitoral Anderson Ricardo Fogaça; desembargador eleitoral Guilherme Frederico Hernandes Denz; e o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson.
Entenda o que é AIJE
AIJE é uma sigla que significa Ação de Investigação Judicial Eleitoral. Apesar do nome, não pleiteia uma investigação, mas a aplicação de uma sanção eleitoral: a cassação de registro ou de diploma e a inelegibilidade.
A AIJE tem como objetivo preservar bens jurídico-eleitorais ameaçados por práticas abusivas. São eles: a isonomia, a normalidade eleitoral (estabilidade democrática), a liberdade do voto e a legitimidade eleitoral (que os resultados expressem a escolha popular).
As práticas abusivas que colocam em risco os bens jurídico-eleitorais preservados pela Aije são o abuso do poder econômico, o abuso do poder político ou de autoridade e o uso indevido dos meios de comunicação.
Para entender um pouco mais sobre a AIJE, acesse o Guia para a imprensa do TSE “Ação de Investigação Judicial Eleitoral”.
Processos relacionados: 0604176-51.2022.6.16.0000 e 0604298-64.2022.6.16.0000.
Destaques
STF forma maioria para proibir revista íntima vexatória em presídios
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta sexta-feira (17), maioria de votos para proibir revistas íntimas vexatórias nos presídios para evitar a entrada de drogas, armas e celulares.
Apesar do placar de 6 votos a 4, o julgamento foi suspenso por um pedido de destaque feito pelo ministro Alexandre de Moraes. Dessa forma, o julgamento virtual sobre o caso será retomado no plenário físico da Corte. A data ainda será definida.
O julgamento começou em 2016 e já foi suspenso outras vezes por diversos pedidos de vista.
O caso voltou à tona hoje com o voto do ministro Cristiano Zanin, que também interrompeu o julgamento em maio deste ano com um pedido de mais tempo para analisar o processo.
No voto proferido, Zanin acompanhou o relator, ministro Edson Fachin, para vedar as revistas vexatórias. Em seguida, a análise do caso foi suspensa novamente.
A Corte julga um recurso do Ministério Público para reverter a absolvição de uma mulher flagrada tentando entrar em um presídio de Porto Alegre com 96 gramas de maconha, que estavam enrolados em um preservativo e acondicionados na vagina.
Na primeira instância, ela foi condenada, mas a Defensoria Pública recorreu ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), que a absolveu, por entender que o procedimento de revista íntima foi ilegal.
Votos
Em 2020, o relator do caso, ministro Edson Fachin, votou pela ilegalidade da busca íntima. Fachin entendeu que os funcionários das penitenciárias não podem fazer busca abusiva no corpo de amigos e parentes que vão visitar os presos por tratar-se de violação da intimidade.
O ministro sugeriu a adoção de procedimentos menos invasivos, como uso de scanners corporais, raquetes de raio-x ou revista corporal superficial, evitando que os visitantes sejam obrigados a retirar a roupa ou terem suas partes íntimas inspecionadas.
O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Rosa Weber (atualmente aposentada).
Em seguida, Alexandre de Moraes abriu divergência e votou a favor da revista.
Moraes concordou que há um grande número de casos de revistas íntimas vexatórias. No entanto, o ministro entendeu que a revista íntima não pode ser sempre definida como degradante, de forma automática e sem análise caso a caso, sob pena de colocar em risco a segurança dos presídios.
O voto foi seguido pelos ministros Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça.
Destaques
DER anuncia audiência pública do novo programa de inspeção de tráfego e guinchos
O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), autarquia da Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), vai realizar no dia 30 de outubro uma audiência pública sobre o novo programa de Operação de Tráfego nas rodovias estaduais. Tratam-se dos serviços de inspeção de tráfego, socorro mecânico com guincho leve e guincho pesado, apoio operacional, captura de animais soltos na rodovia, limpeza emergencial de pista e sinalização temporária luminosa para emergências.
A iniciativa vai expandir os serviços prestados aos cidadãos, atualmente disponíveis exclusivamente nas rodovias do antigo Anel de Integração, para atender mais de 11 mil quilômetros de rodovias da malha estadual, e ainda inteiramente gratuitos.
Na audiência, que tem início às 10 da manhã e segue até o meio-dia, serão apresentados detalhes do programa e sobre o processo de contratação dos serviços, por meio de edital que deve ser publicado ainda este ano, prevendo a disputa em 10 lotes.
Interessados podem enviar suas dúvidas e contribuições durante a audiência, que será transmitida pela internet na plataforma Youtube, e também para o email [email protected].
A página da audiência pública no portal do DER/PR já conta com material de apoio para consulta, em preparação para o evento.
Serviço:
Audiência Pública sobre a Operação de Tráfego nas Rodovias Estaduais
Data: 30/10/2024
Horário: 10h às 12h
Local: auditório da sede do DER/PR, com transmissão online ao vivo pelo Youtube
GALERIA
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Megaoperação da Polícia Civil cumpre 137 mandados contra o tráfico em três estados
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas nesta quinta-feira (17) para cumprir 137 mandados judiciais contra uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação ocorre em 13 cidades, sendo nove no Paraná, três em Santa Catarina e uma no Mato Grosso do Sul.
Entre os mandados, estão 46 de prisão temporária, 36 de busca e apreensão, 40 ordens de bloqueio de valores, 14 ordens de bloqueio de veículos e uma ordem de sequestro de imóvel. Cerca de 250 policiais civis participam da operação, com apoio das polícias civis dos respectivos estados. Helicópteros fornecem suporte aéreo, e cães policiais auxiliam na busca por drogas e armas.
“O objetivo é desarticular completamente essa organização criminosa que atua em múltiplos estados, atacando também o seu núcleo financeiro”, diz o delegado da PCPR Victor Loureiro, coordenador da operação.
Os mandados estão sendo cumpridos simultaneamente no Paraná nas cidades de Curitiba, Campo Magro, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande, Pontal do Paraná, Piraquara, Araucária, Almirante Tamandaré e Telêmaco Borba; em Santa Catarina em Itapema, Barra Velha e Joinville; e na capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande.
Os investigados são suspeitos de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, organização criminosa e posse ilegal de armas. As ações de bloqueio de valores em contas bancárias e veículos têm como objetivo enfraquecer financeiramente a organização criminosa e responsabilizar diretamente os envolvidos na movimentação de recursos.
INVESTIGAÇÕES – As investigações, iniciadas pela PCPR em novembro de 2023, revelaram que dois irmãos lideravam o esquema. Eles adquiriam drogas de um fornecedor no Mato Grosso do Sul e distribuíam para cidades no Paraná e em Santa Catarina. A droga era transportada em fundos falsos de veículos e por “mulas”, pessoas pagas para transportar os entorpecentes em ônibus interestaduais.
“Estamos empregando técnicas investigativas avançadas para garantir que todos os membros dessa rede criminosa sejam identificados e levados à Justiça”, afirma Loureiro.
Outros grupos criminosos, com atuação no litoral do Paraná e em Curitiba, adquiriam as drogas para revendê-las a usuários finais. Estima-se que a organização tenha movimentado mais de R$ 13 milhões nos últimos três anos.
Durante o curso das investigações, cinco prisões em flagrante foram realizadas pelo crime de tráfico de drogas, resultando na apreensão de cocaína, crack e maconha.
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