Forças policiais deflagram operação com 33 mandados contra organização que roubava cargas

Segundo a Polícia Civil, os criminosos aproveitavam-se de panes nos caminhões, acidentes ou do trânsito parado para cometerem as ações

Repórter Jota Silva
Repórter Jota Silva - Jornalista | Registro Profissional: Nº 0012600/PR
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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (8) para cumprir 33 ordens judiciais contra uma organização criminosa ligada a saques de cargas. Estima-se que o prejuízo causado às vítimas seja de mais de R$ 3 milhões.

São sete sequestros de veículos, dez mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão. A ação acontece simultaneamente em Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná, na região litorânea do Estado, e em São Bento do Sul, em Santa Catarina. A operação também conta com o apoio de um dos helicópteros da PCPR.

Segundo a Polícia Civil, os criminosos aproveitavam-se de panes nos caminhões, acidentes ou do trânsito parado para cometerem as ações. 

As cargas geralmente eram de soja ou fertilizantes. Os autores rompiam os lacres que travavam o compartimento dos caminhões e derramavam a carga na rodovia e, posteriormente, outros integrantes recolhiam a carga do chão.

Os policiais apuraram que os crimes aconteciam na região litorânea do Paraná, causando prejuízo financeiro às empresas e ao fluxo viário de caminhões com destino ao Porto de Paranaguá, uma vez que o trânsito era interrompido para a limpeza da pista.

Com base nas investigações, a PCPR identificou que o grupo criminoso utilizava uma Organização Não Governamental (ONG) para tentar legitimar a origem das cargas saqueadas. 

A ONG, que trata indivíduos com dependência química, era acionada para recolher as cargas despejadas no solo, mas na sequência elas eram repassadas aos integrantes do grupo criminoso. Foram identificados diversos repasses de valores provenientes do líder do grupo criminoso para a ONG, como contrapartida pelas cargas recolhidas.

As investigações apontaram que a ONG não era responsável apenas pelo recolhimento, mas era utilizada pelos criminosos para mascarar a origem ilícita das cargas, que, em seguida, eram vendidas pela mesma organização sem a devida emissão de nota fiscal ou a partir de notas fiscais fraudulentas.

A PCPR também constatou que a ONG não emitia notas fiscais referentes às cargas recolhidas, entregues ao grupo criminoso, que, como contraprestação financeira, realizava doações simuladas à organização.

Os crimes investigados são furto qualificado, receptação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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O repórter Carlos Jota Silva possui uma trajetória diversificada na comunicação. Ele atuou como locutor em duas emissoras de rádio e foi diretor de comunicação na Associação do Jardim Alvorada, em Maringá, durante dois anos. Também atuou como assessor de imprensa parlamentar no gabinete do ex-vereador Doutor Jamal Fares. Jota é graduado em gerenciamento pelo Sebrae e foi representante comercial autorizado da SKY Brasil. Atualmente, ele se destaca como editor de áudio e vídeo, além de ser diretor geral e programador do site Saiba Já News, onde escreve artigos noticiosos. Nos anos 90, ainda na juventude, trabalhou como técnico eletrônico, uma profissão que herdou de seu pai. No início dos anos 2000, foi contratado como técnico autorizado para marcas como Sharp do Japão, Britânia, Gradiente, Philco e CCE. Sua paixão pela comunicação foi inspirada por seu pai, que nos anos 70 se dedicou à divulgação de anúncios e informações públicas e políticas em Santa Fé/PR e Alto Paraná/PR, utilizando autofalantes na praça, uma prática bastante comum na época.