“Só vão me calar quando eu morrer ou me matarem” diz Boca Aberta sobre sua prisão

Repórter Jota Silva
Ex-deputado federal Boca Aberta, de Londrina, Paraná

A redação do Saiba Já News recebeu um áudio do ex-deputado federal Emerson Miguel Petriv (PROS), conhecido como Boca Aberta, enviado ao seu ex-assessor, Ivan Cesar em que ele alega estar sofrendo perseguição por parte de um promotor de justiça.

Boca Aberta relata que não foi preso por porte de arma de fogo ilegal, ele diz ser CAC – Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, assim também a sua arma teria registro e também não estaria usando tornozeleira eletrônica, como foi divulgado pela mídia brasil afora.

Ouça o áudio com o depoimento de Boca Aberta:

Segundo o ex-deputado federal a busca e apreensão em sua casa seria Fake News. Ele conta que um promotor de justiça de Londrina estaria tentando persegui-lo após denuncias feita por ele em que outra promotora se envolveu-se em um acidente de trânsito embriagada e teria sido encobertada pelo promotor.

“Isso é perseguição do promotor maconheiro, infelizmente, vamos pra cima! Só vão calar eu quando eu morrer ou me matarem” disse Boca Aberta.

Entenda a prisão de Boca Aberta

Uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) terminou na prisão em flagrante do ex-deputado federa Emerson Miguel Petriv (PROS), conhecido como Boca Aberta, nesta quarta-feira, 19, em Londrina. De acordo com o MP, a prisão aconteceu por posse ilícita de arma de fogo.

Portanto, a operação foi realizada pelo MP-PR em parceria com o Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

A ação tinha como foco cumprimento de mandados de busca e apreensão contra o ex-deputado, que é investigado pelo crime de concussão, conhecido como “rachadinha”, que consiste no desvio de dinheiro de assessores.

Dessa forma, os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal de Londrina, que também determinou o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de que ele mantenha contato com testemunhas.

A princípio, a operação investiga supostas investidas ilegais feitas pelo ex-parlamentar contra ex-assessores e testemunhas da ação que investiga as supostas rachadinhas, que teriam acontecido quando Boca Aberta cumpria seu mandato.

De acordo com testemunhas e vítimas, o ex-deputado teria usado as redes sociais para atacá-las, buscando desacreditá-las para atrapalhar o processo. Além da arma, foram apreendidos celulares e computadores.