Por ano, 100 mil brasileiros são vítimas de acidentes envolvendo queimaduras

Redação Saiba Já News
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Por ano, 100 mil brasileiros são vítimas de acidentes envolvendo queimaduras

As queimaduras graves representam uma relevante questão de saúde pública no Brasil. Anualmente, um grande número de pessoas sofre lesões desse tipo, resultando em danos físicos e emocionais significativos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 100 mil pessoas são vítimas de acidentes envolvendo queimaduras no país. É importante destacar que as crianças compõem cerca de 40% dessas vítimas, enfrentando acidentes, especialmente, no ambiente doméstico. 

Dados do Ministério da Saúde revelam que só a eletricidade foi responsável por 46,1% dos 19.772 óbitos por queimaduras no Brasil. Com potencial de causar morte imediata em 70% dos casos e resultar em sequelas graves, a taxa de queimaduras elétricas tem afetado principalmente a faixa etária de 20 a 59 anos, com destaque para a construção civil informal como cenário de risco. 

As queimaduras graves têm um impacto significativo na saúde e na qualidade de vida das vítimas. Além das dores intensas e da necessidade de tratamentos prolongados, as cicatrizes resultantes dessas lesões podem acarretar problemas estéticos, limitações físicas e emocionais, bem como afetar a autoestima e a vida social das pessoas afetadas.

“É fundamental resgatar a qualidade de vida das vítimas de queimaduras, oferecendo-lhes cuidado e suporte integral. Sabemos que as dores físicas são apenas uma parte do desafio enfrentado por essas pessoas. As cicatrizes e as limitações resultantes das queimaduras podem abalar sua autoestima e impactar significativamente sua vida social e emocional”, enfatiza Thiago Moreschi, sócio-proprietário da Vuelo Pharma, empresa brasileira que fabrica uma membrana de celulose para o tratamento de lesões de pele. 

O tratamento das queimaduras graves demanda uma abordagem multidisciplinar, englobando procedimentos como desbridamento das feridas, enxertos de pele e reabilitação física e emocional. Entretanto, no Brasil, enfrentam-se desafios decorrentes da escassez de acesso a serviços especializados, recursos limitados e infraestrutura precária.

Segundo um levantamento realizado pela PUC-SP, atualmente, o Brasil conta com apenas 42 CTQs (Centros de Tratamento de Queimados) habilitados pelo Ministério da Saúde e outros 4 em fase de habilitação (UNIFESP-SP, Bauru-SP, Marília-SP, Cruz das Almas-BA), o que representa uma carência preocupante em termos de recursos de saúde especializados. Além disso, nove estados brasileiros ainda não possuem nenhuma referência para o tratamento de queimaduras, especialmente nas regiões Norte e Nordeste do país, evidenciando a dificuldade de acesso aos serviços de saúde para pacientes com esse tipo de lesão.

“É crucial aumentar a conscientização da sociedade acerca da gravidade das queimaduras. Vejo casos todos os dias de pessoas que só percebem a seriedade desses acidentes quando ocorrem com elas ou com alguém próximo. É imperativo que adotemos medidas preventivas desde já e estejamos preparados para oferecer cuidado e suporte às vítimas, auxiliando-as na recuperação não apenas da saúde física, mas também da autoestima e da qualidade de vida. Felizmente, a tecnologia evoluiu a ponto de oferecer mais conforto e segurança no tratamento de queimaduras, como membranas e curativos biocompatíveis de regeneração da pele que já são regulamentados pela Anvisa”, afirma Thiago Morechi. 

É necessário mobilizar autoridades, profissionais de saúde e a sociedade em geral para buscar uma mudança significativa nessa realidade e promover uma melhor qualidade de vida para as vítimas de queimaduras no Brasil. “Uma estratégia que pode ajudar é a adoção de políticas públicas com a padronização de produtos capazes de substituir temporariamente a pele, diminuindo a dor e acelerando a cicatrização. Além disso, a prevenção por meio de campanhas educativas voltadas para a segurança nos ambientes domésticos e no local de trabalho é uma das formas mais eficazes de diminuir esses números alarmantes”, conclui Thiago Moreschi.

Mais informações: www.vuelopharma.com

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