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Inovação no país: FNDCT recomposto e taxas Finep mais baixas
Após a aprovação do descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e da alteração do indexador para financiamentos via FINEP, espera-se a retomada do setor e o aumento dos investimentos pelo setor privado.
No último mês duas notícias movimentaram o cenário de inovação do país: a aprovação do PLN 01 de 2023, que recompõe o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a modificação da Lei nº 11.540/07, que altera a taxa base para financiamentos via Finep de TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) para TR (Taxa Referencial).
Se analisado o cenário nacional, o auge dos investimentos P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) dos últimos 20 anos foi em 2015, que registrou o valor de 1,37% em relação ao PIB. O último relatório do MCTI, divulgado em maio deste ano e que considera o ano de 2020 como o mais recente, indicou a queda dos investimentos para 1,14% com relação ao PIB, uma redução de mais de R$2 bilhões em valores brutos.
Além disso, de acordo com esse mesmo indicador do MCTI, as finanças públicas passaram por grandes desafios que impactaram essa redução, diminuindo os investimentos do setor privado em PD&I, enquanto o setor público teve um ligeiro aumento nessa porcentagem, a partir da adoção de políticas anticíclicas de estímulo à economia.
Essas medidas resultaram em um aumento substancial no déficit fiscal entre 2020 e 2021, furando o teto de gastos e aumentando endividamento público, trazendo como consequência a alta da taxa de juros e a atual decisão do Copom de manter a taxa Selic pelo 6º mês consecutivo na base de 13,75%.
Nesse cenário de queda de investimentos em P&D e do compromisso do MCTI em recuperar os investimentos da pasta, houve o descontingenciamento de cerca de R$4,2 bilhões do FNDCT em 2023, que haviam sido limitados pela MP 1.136/22. Alinhado a essa medida, o atual governo articulou com sucesso a nova Lei 14.554/23, que retorna para a TR a base de indexadora nos financiamentos via Finep.
A recomposição do FNDCT
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico é um importante instrumento de financiamento para pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Durante o último ano, foram inúmeras discussões em relação à recomposição do fundo, mas foi somente em 26 abril deste ano que o Congresso aprovou a PLN 01 – agora Lei nº 14.577/23, que o recompõe integralmente, disponibilizando quase R$10 bilhões para investimentos em ciência, tecnologia e inovação, aumentando em quase 50% o valor disponível para 2023.
A medida não só libera recursos de mais de R$4,1 bilhões do fundo para 2023, como também tem efeito sobre todo o antigo bloqueio parcial do ano anterior, que previa o contingenciamento até 2026. De acordo com André Moro Maieski, especialista em inovação e sócio fundador da Macke Consultoria, quando se considera o contingenciamento realizado em 2022, o orçamento e as projeções de 2023 até o ano de 2026, o país poderia sofrer uma perda direta de mais de R$15 bilhões de reais no setor durante esse período.
O especialista afirma ainda que a recomposição do FNDCT é uma excelente notícia para o país, uma vez que a MP 1136/2022, que contingenciava esses recursos, andava contra o real propósito do fundo, de que ele deveria ser destinado para aplicação em Ciência e Tecnologia, além de ter uma devolutiva para a sociedade e agentes da economia que aplicaram recursos e aguardaram resultados de alguma forma.
A alteração do indexador Finep
A Finep, entidade vinculada ao MCTI e principal agência de fomento à pesquisa e inovação do país, atuava até 24 de abril deste ano com taxas de financiamentos reembolsáveis indexados na base da TJLP, que giravam em torno de 6,94% ao ano.
A vantagem da Finep sobre outras instituições financeiras é o fato de que as suas taxas tendem a ser mais atrativas, chegando a ser até 10% mais baixas, uma vez que as instituições tradicionais trabalham normalmente com CDI + 3%, oferecendo taxas acima de 14% a.a. Entretanto, a utilização da TJLP não estava favorecendo o setor, fazendo com que muitas empresas segurassem ou desistissem dos financiamentos.
A MP 1.139/2022, medida vigente até maio, já havia alterado em setembro de 2022 a TJLP para a TR, aumentando em 56,2% a demanda em relação à média dos últimos 4 anos, segundo dados da Finep. A MP caducou em fevereiro e teve novamente o indexador alterado para a TJLP, até que, em abril, houve a modificação da Lei 11.540/07 e a TR se tornou a taxa base.
Agora, a taxas que eram em média de 6,94% a.a., passaram a ser de 4,49% a.a., queda de 35%. Celso Pansera, presidente da Finep, comemorou a conquista e destacou que a recomposição do FNDCT abre um novo caminho para a inovação no país. Espera-se que as taxas mais atrativas impulsionem o setor e incentivem o uso dos recursos disponíveis pelas empresas.
Para Maieski, a troca do indexador de financiamentos, associada ao maior orçamento do fundo contábil FNDCT, tende a potencializar de maneira efetiva os investimentos em PD&I no Brasil para os próximos anos. “Esse é um excelente momento para que empresas privadas invistam em inovação através da Finep, as taxas para as três principais linhas estão em mesmo valor: 5,3%a.a., indicando cenário favorável e grande potencial de crescimento”, finaliza.
Os próximos passos da retomada de PD&I no país
A retomada dos investimentos em P&DI é de fundamental importância para impulsionar o progresso tecnológico, a competitividade e o crescimento econômico sustentável. A inovação, no entanto, exige um ambiente econômico favorável, pois carrega grandes incertezas e demanda recursos significativos.
Nesse sentido, Alana Peters, mestra em desenvolvimento econômico e em assuntos internacionais, ressalta a importância de políticas públicas de suporte e financiamento à inovação, como fundos destinados a empresas inovadoras, que estão presentes também em outros países. Ela cita como exemplo o “European Innovation Council (EIC)”, um fundo criado pela Comissão Europeia e que soma mais de €10 bilhões, destinados a apoiar empresas inovadoras desde os estágios iniciais até a fase de comercialização.
Espera-se que as atuais políticas operacionais da Finep, aliadas à recomposição do FNDCT, fomentem a realização de investimentos estratégicos para o país e contribuam para que investimentos complementares a inovação, tais como modernização e expansão contribuam para o aumento dos índices de investimento da economia de modo geral.
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Ramo de consultoria empresarial espera crescimento anual de 4,30%
Expectativa da Mordor Intelligence é que a tendência se mantenha de 2021 a 2026
A consultoria empresarial é um serviço que ajuda negócios a melhorarem seu desempenho no mercado e expandir os lucros e a atividade. Um consultor pode auxiliar em diversas áreas dentro da empresa, como nos recursos humanos, departamento financeiro, marketing, vendas ou jurídico. Independentemente do setor de atuação, o trabalho da consultoria é impulsionar a empresa.
Uma pesquisa da Mordor Intelligence aponta que o Compound Annual Growth Rate (CAGR), também conhecido como Taxa de Crescimento Anual Composto, seja de 4,30% entre 2021 e 2026. Porém, a tendência já pode ser observada no mercado. Um levantamento da Forbes mostrou que em 2022 as empresas de consultoria movimentaram US$ 900 bilhões.
O consultor de franquias Fred Vanitelli, responsável pela formatação de mais de 400 negócios e diretor da Chasing Consultoria, explica que com o surgimento de pequenas empresas e expansão das maiores a consultoria se torna ainda mais necessária. “A consultoria pode ajudar negócios de diferentes portes. Nas menores, a consultoria auxilia a padronizar certos processos e melhorar outros; Já nas maiores, o trabalho é focado em preparar o negócio para expansão”, detalha o especialista da Chasing Consultoria.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 3,6 milhões de novos empreendimentos foram abertos em 2022. Desse número, 78% se encaixava na categoria de Microempreendedor Individual (MEI), ou seja, eram empresas de menor porte com lucro de até R$ 81 mil anual, segundo a definição do próprio Sebrae.
Como explicou Vanitelli, não são apenas as pequenas empresas que podem aproveitar a consultoria para impulsionar o negócio. Ele comenta que consegue observar na Chasing Consultoria e em outras empresas do mesmo segmento que até mesmo as redes de franquia usufruem do trabalho dos especialistas desse setor. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou na pesquisa de análise de desempenho trimestral que em 2023 o faturamento nominal do ramo cresceu 17,2% em relação ao mesmo período no ano anterior. O aumento pode ser observado também na receita, que foi de R$ 43,380 bilhões para R$ 50,854 bilhões.
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LLYC anuncia novos conselheiros na área de cultura e consumo
Sérgio Sá Leitão e Monica Mendes são profissionais de destaque em suas áreas, e chegam para fortalecer as soluções estratégicas oferecidas pela empresa
A LLYC Brasil, consultoria de comunicação, marketing digital e assuntos públicos, anuncia a incorporação de mais dois especialistas em seu conselho consultivo. A empresa conta a partir de agora com Sérgio Sá Leitão, ex-ministro da cultura e profissional experiente no setor, e Monica Mendes, especialista em consumo com foco no mercado de luxo, que passa a contribuir com sua expertise para aportar ainda mais conhecimento a projetos estratégicos voltados à área.
Além dos novos conselheiros, Tato Carbonaro assume a presidência do Conselho Consultivo da LLYC, em nova fase. A missão de Carbonaro é liderar estrategicamente com sua visão inovadora esse grupo de conselheiros de forma a contribuir para impulsionar o crescimento contínuo da operação na LLYC no Brasil.
Com ampla experiência em gestão cultural no setor público e privado, Sérgio Sá Leitão é presidente do LIDE Cultura e sócio e CEO da Transversal – Cultura, Economia Criativa e Cidadania. Exerceu a função de Ministro da Cultura do Brasil entre os anos de 2017 e 2018 e foi Secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo entre 2019 e 2022. Sua atuação também engloba importantes passagens por instituições culturais de destaque, onde desempenhou papel fundamental no desenvolvimento de projetos e de políticas públicas voltadas para o setor. Com sua expertise em cultura e entretenimento, Sá Leitão fortalecerá ainda mais a capacidade da LLYC de oferecer soluções estratégicas e inovadoras nesse segmento. “Estou entusiasmado em colaborar com uma empresa tão reconhecida por sua excelência em comunicação corporativa. Espero contribuir para impulsionar ainda mais o sucesso dos clientes atuais e futuros, promovendo iniciativas inovadoras para o mercado”, declarou.
Monica Mendes é uma profissional experiente no campo do consumo, com uma carreira sólida na área de pesquisa e inteligência de mercado. Com uma compreensão profunda das tendências e comportamentos do consumidor, Monica tem ajudado empresas e organizações a adaptar suas estratégias e a tomar decisões assertivas. Foi a responsável pelo marketing e comunicação da Daslu e pelo lançamento de algumas das influenciadoras de consumo e lifestyle com maior volume de seguidores no Brasil. Além da experiência no âmbito do consumo, conta com uma sólida trajetória na área de estudos e análise de mercado para o varejo. “É uma honra fazer parte do Conselho Consultivo da LLYC. Estou empolgada com a oportunidade de trabalhar com uma equipe tão talentosa e oferecer minha experiência e insights para contribuir no campo do consumo. Quando somamos soluções, quem ganha são os clientes, que tendem a alcançar seus objetivos de negócio com mais precisão”, destacou.
Thyago Mathias, diretor-geral da LLYC Brasil, fala sobre a importância da nova composição do conselho: “As chegadas de Sérgio e Monica ao nosso Conselho Consultivo são motivo de grande satisfação para todos nós. Juntos e juntas, fortalecemos ainda mais nossa equipe de especialistas, trazendo diferentes perspectivas e conhecimentos que enriquecem nossas soluções estratégicas, para impulsionar o sucesso de nossos clientes e avançar em direção a um futuro cada vez mais promissor.”
Além de Tato e dos novos conselheiro, a empresa, que está há 15 anos no Brasil, conta ainda com a presença de Gustavo San Martin, para temas de Saúde e Sociedade Civil, Ariane Abdallah, especialista em Empreendedorismo e Posicionamento Executivo, Paulo Feldman, com Contexto Político e Econômico, Edney Souza, em Tecnologia, Inovação e Educação, Moisés Cona, em Infraestrutura, Roberto Brandt, em Sustentabilidade Global, Renata Camargo, em Diversidade e Inclusão, Cecília Seabra para temas voltados à ESG, Adecio Vasconcelos, conselheiro para a Região Nordeste, e Mariana Clark, na área de Talent Engagement.
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ABB vai automatizar siderúrgica da AM/NS na Índia
Linhas produtivas da siderúrgica vão receber sistemas de controle para melhorar indicadores de eficiência
A suíço-sueca ABB vai fornecer sistemas de eletrificação e automação para a nova fábrica de bobinas de aço laminado a frio da ArcelorMittal Nippon Steel India (AM/NS India), na cidade indiana de Hazira.
Em comunicado, a empresa informou que duas linhas produtivas da instalação vão receber o sistema de controle distribuído ABB Ability™ System 800xA, para melhorar indicadores de eficiência energética, racionalizar o uso de zinco na produção e aprimorar o controle de corrosão no produto final.
A participação da ABB no projeto foi a convite da fabricante de equipamentos industriais John Cockerill India Limited (JCIL). A empresa vai fornecer outros tipos de sistemas para a fábrica de Hariza, considerada essencial na estratégia de expansão no mercado indiano da AM/NS India, joint-venture entre a francesa ArcelorMittal e a japonesa Nippon Steel.
“A ampliação vai nos ajudar a atender a crescente demanda por aço de alta qualidade, enquanto ampliamos nosso portfólio de produtos sustentáveis”, afirmou no texto Dilip Oommen, CEO da AM/NS India. “As novas linhas foram projetadas para produzir aços de valor agregado, de última geração, dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade.”
A planta de bobinas perfiladas a frio deve entrar em comissionamento em 2024. Líder indiana em aço-carbono plano, a AM/NS India tem capacidade instalada para produzir 9 milhões de toneladas anuais de aço cru na Índia.
A empresa produz diferentes produtos de aço plano, incluindo aço de valor agregado na forma de pelotas, com capacidade produtiva total de 20 milhões de toneladas.
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