Prova de Ganho de Peso é novidade no setor de pecuária da Expoingá 2023

Prova de Ganho de Peso é novidade no setor de pecuária da Expoingá 2023

Na Expoingá 2023, a Sociedade Rural de Maringá retoma a realização da Prova de Ganho de Peso; evento que marcou época nas edições da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá e mobilizava o setor de pecuária, durante o evento. “Estamos sempre em busca de novidades. Este ano, resgatamos a Prova de Ganho de Peso, que avalia o potencial genético e a capacidade que os animais têm de converter a dieta oferecida em carne”, destaca a presidente da SRM, Maria Iraclézia de Araújo.

Três raças

A prova é para reprodutores. Participam 29 animais da raça Nelore; 10, da Angus; e 27, da Brangus. Os touros são originários de 17 criatórios. Eles estão mantidos em regime de confinamento, nas instalações do Parque de Exposições de Maringá, e recebem uma dieta equilibrada, de acordo com as características e peso de cada um.

A cada 15 dias, os machos são pesados para avaliar a evolução e verificar a taxa de conversão. Os resultados vão ser divulgados em duas etapas. No dia 7 de maio, a raça Nelore, após 75 dias de confinamento; e, no dia 10, Angus e Brangus; no dia 11 de maio. após 45 dias de confinamento. Em seguida, os participantes serão colocados à venda em dois leilões, a serem realizados no Recinto Ermelindo Bolfer.

Seleção

O coordenador da Prova, Beto Góes, explica que o primeiro critério de seleção dos animais foi o visual. O lote de possíveis participantes foi colocado no curral e os técnicos escolheram os que mais reuniam as características das respectivas raças. Depois de apartados, é que foi verificada a linhagem de cada um. “Assim, evitamos que os touros fossem definidos pela herança genética. A maioria, no entanto, é de boa descendência”, destaca.

Dieta

A ração para os animais é oferecida pela Cocamar. É uma dieta balanceada, com produtos que proporcionem o ganho de peso, com algumas características, como acabamento de carcaça, com cobertura uniforme de gordura e marmoreio. “A conversão do alimento em carne precisa atender as exigências do mercado”, ressalta o zootecnista Luís Henrique Pangoni, do Programa de Carne da Cooperativa Agroindustrial.

Expectativa

Robson Luiz de Pádua, o Padu, especialista que ajudou a selecionar os animais e acompanha a evolução dos touros, adianta que a resposta inicial está acima da expectativa dos organizadores. Formado em Alimentação e Reprodução de Bovinos, pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, ele comenta que o desempenho é fruto do aprimoramento genético do lote selecionado, aliado à qualidade nutricional oferecida.

Para a presidente da Sociedade Rural de Maringá, entidade que realiza a Expoingá, a retomada da prova agradou os criadores que apostaram na ideia e criou um ambiente favorável no setor de pecuária. “Temos recebido muitos elogios e criadores têm procurado informações e visitado o parque para conhecer os touros que participam da competição”, frisa.

  • Paraná desenvolvimento
Compartilhe este artigo