🫂 Escolas e CMEIs de Maringá Promovem Cultura de Paz com Foco no Protagonismo Estudantil

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Construção da cultura de paz e combate ao bullying nas escolas

Grêmio Estudantil da Escola Dom Jaime Lidera Ações de Conscientização e Empatia no Combate ao Bullying

Na rede municipal de ensino de Maringá, a formação vai além do currículo tradicional. Com o compromisso de oferecer uma educação integral e cidadã, todas as unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) estão intensificando as ações de prevenção e enfrentamento ao bullying e outras formas de violência (física, psicológica, de gênero, racial, religiosa e institucional).

O objetivo é claro: fortalecer vínculos saudáveis e construir uma cultura de paz desde a base, com ênfase no protagonismo dos estudantes.

“Falar sobre bullying e igualdade com as crianças é cuidar da construção de um mundo mais justo desde a base. Ensinar respeito, promover empatia e dar espaço para o diálogo são atitudes que transformam a escola em um lugar seguro e acolhedor. Nossa missão vai além do conteúdo: é preparar cidadãos conscientes de seu papel no coletivo,” afirma a secretária de Educação, Adriana Palmieri.

A base dessas ações são as competências socioemocionais, o incentivo à escuta ativa e o respeito mútuo, seguindo as diretrizes da recém-publicada Instrução Normativa nº 008, que trata do enfrentamento e prevenção de todas as formas de violência.

Protagonismo que Inspira: O Exemplo do Grêmio da Escola Dom Jaime

Um dos exemplos mais inspiradores dessa mobilização está na Escola Municipal Dom Jaime Luiz Coelho, no Parque Tarumã. Lá, o grêmio estudantil se tornou o grande protagonista, agindo sob o lema “criança ouve criança”.

Os próprios alunos promovem campanhas de conscientização contra o bullying e incentivam o cuidado mútuo, dentro e fora da sala de aula.

O ‘Dia do Abraço’ e a Justiça Restaurativa

A diretora Elenice Hinz destaca o sucesso do ‘Dia do Abraço’, realizado todas as segundas-feiras. É um momento coletivo de afeto e meditação que foca na resolução não violenta de conflitos. Além disso, professores utilizam as ferramentas da Justiça Restaurativa por meio de rodas de conversa e círculos de paz.

“Quando uma criança conversa com outra criança, a escuta e aceitação são melhores. A criança que sofre bullying tem sua aprendizagem comprometida pela insegurança e todo esse trabalho de construção da paz ajuda a promover o respeito, a calma e o bom comportamento,” explica a diretora.

A Voz dos Estudantes Transforma a Escola

No centro da mudança está o grêmio. A presidente, Emanuelly Leopoldino, conta que são os próprios estudantes que criam os cartazes, realizam dinâmicas e estão sempre abertos para o diálogo: “Falamos sobre xingamentos e o quanto isso magoa. Os alunos também nos ajudam, dão dicas e opiniões sobre os próximos cartazes que podemos fazer.”

A motivação é real, segundo o aluno Pedro Lucca: “A gente percebeu que muitas crianças estavam ficando tristes por causa do bullying e queríamos parar com isso. Os alunos reagem bem, participam, se envolvem e ficam impressionados com as atividades.”

O impacto dessas iniciativas vai além dos muros da escola, como ressalta o aluno Rafael Pacheco: “Eu gosto disso porque, quando espalhamos essas ideias para os outros alunos, eles podem levar para suas famílias, amigos e outras pessoas. O bullying pode afetar o presente e o futuro das pessoas. Por isso, devemos evitar.”

Na Escola Dom Jaime, assim como em toda a rede municipal, a cultura de paz é construída de forma coletiva, envolvendo alunos, professores, equipe pedagógica e famílias. São essas atitudes que transformam a escola em um verdadeiro espaço de transformação social, onde aprender também significa respeitar, acolher e conviver.

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